Quais são os princípios em que se baseia a parentalidade suave?
Empatia
Este é um elemento fundamental. Os pais, mesmo com a melhor das intenções, muitas vezes menosprezam ou ignoram as emoções e experiências de uma criança. Isto fá-la sentir que não tem importância e que ninguém está interessado na sua opinião.
A parentalidade delicada incentiva os adultos a considerarem as experiências das crianças e a tentarem compreender a razão do comportamento antes de reagirem.
Limites
Pode parecer que a parentalidade suave exclui a disciplina e que o comportamento indesejado da criança é deixado sem consequências. Este é um dos principais preconceitos associados a este estilo de parentalidade. De facto, não é de todo esse o caso.
Há uma diferença significativa entre não haver disciplina e não haver castigo. A parentalidade delicada baseia-se na aplicação de limites que são estabelecidos através da discussão e definição conjunta de consequências naturais. Nesta abordagem, a disciplina significa permitir que os pais ajudem a criança a aprender a lição por si própria e a compreender porque é que o seu comportamento é inaceitável. Por exemplo, a consequência natural de não escovar os dentes é o mau hálito e, mais tarde, a cárie dentária.
Neste aspeto, a parentalidade suave difere notavelmente de outras abordagens, em que o castigo nem sempre está diretamente relacionado com o mau comportamento, por exemplo, os pais tiram um tablet a um adolescente porque ele está a ser atrevido.
A parentalidade gentil incentiva o estabelecimento de limites que promovam um ambiente familiar saudável e estável e criem uma atmosfera de amor. Os limites podem variar de família para família, mas pressupõe-se que a base assenta sempre na comunicação dos pais com os filhos e na discussão de expectativas mútuas. Por exemplo:
